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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Salve Geral não passa pela primeira peneira


   E “Salve Geral” não conseguiu passar na primeira peneira e ficar entre os nove que disputam as cinco indicações para concorrer ao Oscar 2010. Isso já era esperado. O diretor Sérgio Rezende arrasou em Tropa de Elite, o que não ocorreu em Salve Geral.
   Sua tentativa de retratar o pânico vivido pelos paulistas, que começou no Dia das Mães de 2006, foi fraca. Como jornalista tive que sair às ruas, fazer entrevistas com autoridades e população, por isso digo que não chegou nem perto do sentimento e do clima gerado na sociedade.
   Dificilmente quem viveu o medo daqueles dias se identificaria com a personagem Lúcia, vivida por Andrea Beltrão. Enquanto ela faz coisas para ajudar o filho preso é compreensível, agora se apaixonar e colaborar com tudo não dá.
   Acredito que Rezende perdeu a oportunidade de questionar o sistema e a gestão de segurança pública. Em 2006 ficou claro que as facções criminosas tem o controle e são melhor organizadas.
   Quando houve a divulgação que Salve Geral tentaria uma vaga no Oscar me perguntei se quem decidiu realmente acreditou que esse era o melhor filme brasileiro. Acredito que O Contador de Histórias seria um filme mais apropriado para concorrer. Esse filme conta uma história que é compartilhada por muitos brasileiros. Para ler um texto sobre O Contador de Histórias clique aqui.

2 comentários:

  1. Ju,

    Não consigo entender essa obsessão dos cineastas brasileiros pelo Oscar. O prêmio é injusto e não leva em conta a qualidade dos filmes.
    Sobre o Salve Geral, não vi, e pelo que li agora, não vou ver...hehehe

    Estou sempre acompanhando o seu Blog!
    Beijos

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  2. Eu não vi o filme, ainda. Não posso dizer se é bom ou mau. Mas mandar um filme como candidato a candidato ao Oscar sem ter sido sequer lançado no País, é burrice. E foi o que fizeram. Todo filme que quer ilustrar a realidade, tem ficção, mas por vezes, o exagero é muito eloquente. Apesar de saber que o Oscar é uma grande 'palhaçada', na qual quem tem mais poder de divulgação, leva, ainda gosto. Acho emocionante.

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