Crepúsculo: uma 'saga' erguida pelos livros

   O sucesso cinematográfico da 'Saga Crepúsculo' vem do sucesso literário. A continuação, Lua Nova, é melhor do que o primeiro filme, Crepúsculo, com mais cenas de ação e feitos visuais interessantes até por ter um orçamento maior.
   Assisti Crepúsculo no início do ano passado por curiosidade. O burburinho era tanto que precisava entender o motivo. Assisti e continuei sem entender. Me pareceu um romance água com açúcar, sem grandes emoções. Como puderam colocar um vampiro ao estilo Tinker Bell (Sininho) da história de Peter Pan. Onde já se viu um vampiro que brilha e tem som de sinos quando está ao sol?
   Com minha curiosidade insatisfeita decidi ler o livro. Confesso que desejei ter tido o sonho que inspirou Sthefanie Meyer a escrever a saga e tornar-se milionária. O sucesso estava na estrutura do texto, nas palavras, na forma como descreve sentimentos. Tudo isso nas mãos do público alvo, os adolescentes, e de mulheres que adoram um romance.
   Meyer era uma escritora estreante quando escreveu Crepúsculo, mas tem uma estrutura de texto que envolve e te faz querer chegar ao fim da história, inclusive nos momentos mais chatos, como a depressão de Bela pelo fim do namoro. O texto permite que se conheça mais intimamente cada personagem.
O sucesso na telona veio primeiro de quem leu, depois do famoso boca a boca. O cinema apenas materializou a história contada por Meyer. A euforia adolescente é justificada pela temática do amor impossível. Adolescentes sempre supervalorizam situações, sentimentos, dúvidas e incertezas.
   Aos intelectualóides que recusam best sellers e leitura com temáticas juvenis, a dica é baixar a guarda e experimentar os livros de Meyer. Não dá para criticar sem conhecer.