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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Cinema nacional de qualidade


O Contador de Histórias
Ditadura brasileira: época em que o povo desconhecia o significado de cidadania, tendo como referência apenas os deveres, que eram alterados conforme os desmandos militares.
A propaganda das políticas públicas era descaradamente mentirosa, afinal a ditadura deveria aparecer como a salvadora da pátria. Hoje isso ainda acontece, mas é algo velado, já que parte dos brasileiros é suficientemente esclarecida para poder fiscalizar e reclamar.
Na década de 70, mais precisamente em 1976, a propaganda da FEBEM afirmava que seu filho sairia doutor ao ser internado na instituição. Quantos pais, sem condições de criar seus filhos, foram enganados? Esse é o cenário da vida de Roberto Carlos Ramos, que fugiu da FEBEM mais de 100 vezes e teve sua história contada no surpreendente e emocionante filme “O Contador de Histórias”.
A história é simples e um exemplo de que apesar das dificuldades e dos problemas uma oportunidade sempre aparece e ela muda sua vida. Vale apena assistir a história de Roberto, que de interno da FEBEM se tornou referência em educação infantil. Venceu e se dispôs a colaborar com a mudança de 13 vidas, que são seus filhos adotivos.

Besouro - Da capoeira, nasce um herói
Quando assisti o trailer do filme ‘Besouro’ pensei: um filme de ação, com o ritmo de um de alta qualidade, que assistimos só nos maiores mercados cinematográfico. Bom... O filme é bom e vale a pena acompanhar a história, mas não espere toda ação vista no trailer espetacular e muito bem editado.
As cenas de capoeira são ótimas, algumas serão memoráveis, mas a ação é pontual. É bom ver a capoeira no cinema, mostrando a importância cultural que teve para um povo reprimido. A capoeira não é mostrada como luta, mas como beleza e arte. O acompanhamento é a cultura afro, o candomblé, a rixa entre negros e brancos.
O filme Besouro nos mostra a história política, a forma como os negros eram tratados após o fim da escravidão. Se prestarmos atenção nos dias de hoje, no seu dia a dia, você verá que o preconceito ainda impera. A cena em que o negro pede desculpas por estar dançando capoeira arrepia, porque é o momento em que nos damos conta que situações assim ainda existem.

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