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sábado, 28 de novembro de 2009

Tarantino e seus 'Bastardos'

Finalmente assisti Bastardos Inglórios. Sei que muitos irão me crucificar, mas não achei o filme tão maravilhoso e divino como li e ouvi desde a sua estréia. É um bom filme. Em alguns momentos tive a sensação de que a história estava sem o vigor prometido. Este não é o primeiro filme de Quentin Tarantino que ao terminar de assisti-lo me pergunto: porque tantos adjetivos em torno desse diretor e de seus filmes.
Cinéfilos devem estar pirando com minhas palavras. A característica de Tarantino de juntar estéticas diferentes, fórmulas antigas com suas idéias novas, mistura de escolas, linguagens é justamente o que seus fãs adoram, mas que para mim tem o efeito contrário. Por exemplo, não gosto de Kill Bill, só assisti o primeiro e torço para que nunca seja obrigada a assistir a continuação.
Acredito que a adoração de muitos por Tarantino está em compartilhar com esse nerd cinéfilo gostos e preferências de estilos, que ele mistura e transforma, muitas vezes tendo um produto final surreal e estranho.
Apesar da minha opinião de oposição a tantas que li em relação a Tarantino e ao filme Bastardos Inglórios, acredito que vale a pena assistir. Há algumas sequências bem interessantes. O enredo mostra a II Guerra Mundial, a importância do cinema alemão dada pelo III Reich. O desfecho do filme se tivesse de fato ocorrido teria feito da história mundial algo muito diferente.

3 comentários:

  1. também não gostei tanto. mas não escrevi sobre.
    beijos
    contrera

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  2. Ainda não vi a película mas pretendo fazê-lo em breve. O trabalho de Tarantino é sempre atraente, polêmico, intimista... Belo texto o seu Jú... E assim que assistir, deixo aq um comentário.
    Bj .....................

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  3. Ô prima, para gostar de Tarantino tem que ter vivenciado as mesmas experiências de uma época. Acabei de assistir "Bastardos Inglórios" e amei. Tarantino não é um nerd. Podemos chamá-lo de Geek, pois é aficcionado por temas relevantes de nosso tempo e por outros que foram relegados aos guetos da cultura pop do século 20. Preferências que determinam o fim da estética de massa, o início da chamada era "Long Tail". Ele não só mistura temas, estilos, escolas e trilhas com maestria, mas dá novo significado ao cinema com seus roteiros espetaculares e inusitados que colocam abaixo a mesmice holywoodiana. Se você não viu Kill Bill 2 não deveria criticar o primeiro, pois o dois não existem separadamente. Experimente e verá como o volume dois dá sentido ao roteiro iniciado na primeira parte.
    A estética de Tarantino e sua edição desconexa obrigam o espectador a raciocinar como se esivesse lendo um livro e construindo o roteiro a medida que a história se desenrola. Dessa maneira, contrapôe o roteiros mimeografados de Hoolywood que são totalmente previsíveis como qualquer comédia romantica. Além disso , seus filmes são cheios de citações e homenagens a obras e atores dos anos 70 e 80. Ele é responsável por criar trilhas sonoras excelentes que revivem músicos esquecidos e revelam outros, até então desconhecidos, que estavam guardados em sua famosa discoteca. Essas características é que dão origem a estética surreal que seus fãs,incluindo eu, tanto amam. Em "bastardos", Quentin provou que não precisa abusar da violência desmedida para prender a atenção do espectador , deixando a trama navegar livremente nas mãos de personagens de estabilidade questionável que criavam o clima de tensão necessário para o desfecho triunfal.

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