Arte faz bem a alma e os brasileiros gostam

“Brasileiro não é muito ligado à cultura, à arte, à leitura, à boa música.” Quantas vezes você já ouviu isso? Tenho certeza que milhares, mas é um mito. Claro, que em um País grande como o nosso o interesse por essas áreas poderia ser muito maior, mas daí entraremos numa questão política, que foi enraizada no período da ditadura, quando o brasileiro tinha mais valor sem educação e acesso ao que poderia esclarecê-lo sobre os problemas do País.
Não encontrei dados do ano passado, mas em 2007 foram comercializados no Brasil mais de 329 milhões de livros, dando uma média de 2,4 livros lidos por ano, o que é pouco se for comparado aos países desenvolvidos. Mas, somos um País em desenvolvimento, por isso é importante colocar a informação de que o Brasil é responsável por 50% da produção de livros da América Latina.
E os museus? Muitos ainda acham que ficam às moscas e temos 2.410 unidades, além de mais 78 em fase de implantação. E, o Brasil está com credibilidade nos melhores museus do mundo, graças à estrutura e ao público. Isso é confirmado na exposição de acervos internacionais de importantes artistas, como Botero, com mais de 120 mil de visitantes; Salvador Dalí, com 623 mil; Picasso, com 905 mil; Rodin, com 183 mil; Monet, com 700 mil; Guerreiros de Xian, com 817 mil. Esses são números apenas do público paulista.
Nesse segundo semestre, o ano da França no Brasil nos dará a oportunidade de ver as obras do artista francês Henri Matisse, que está na Pinacoteca do Estado de São Paulo, de 5 de setembro a 1 de novembro. Matisse está entre os nomes mais revolucionários da história da arte.
Outro grande evento será a exposição fotográfica, que mostra a intimidade, os segredos e a diversidade do escultor parisiense Auguste Rodin, de 27 de outubro a 13 de dezembro, no Masp, em São Paulo. Além das fotografias estarão expostos a monumental escultura “Les Trois Ombree”, instalada no jardim do Museu Rodin, de onde foi retirada pela primeira vez; “Eternal Printemp”, de bronze; e “Les Bénédiction”, de mármore. Essas peças nunca foram expostas fora do Museu Rodin.
Compareçam! Arte faz bem à alma!