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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Onda verde precisa avançar sobre o comércio mundial

   Há 40 anos o dia 22 de abril é usado para comemorar o Dia da Terra, que por incrível que pareça foi instituído por um norte americano, o senador Gaylord Nelson, que convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição. Muitos conceitos de preservação ambiental são transmitidos, alguma consicência foi estabelecida, mas essas condições ainda são mínimas diante do tamanho global da degradação ambiental.
   Neste panorama global capitalista, a mudança no perfil econômico é essencial. A onda verde precisa ser um fato concretizado no mercado mundial. O planeta está saturado com as intervenções do homem na biosfera. As emissões de gases poluentes na camada de ozônio causam desequilíbrio ao meio ambiente.
   Já que estamos distantes de ter uma Economia de Baixo Carbono, com as indústrias de forma globalizadas produzindo dentro de um modelo sustentável, com objetivo reduzir as toneladas de poluentes que o homem despeja diariamente no meio ambiente, é preciso valorizar e disseminar ações adotadas por algumas empresas e consumidores preocupados com o meio ambiente.
   Digo que estamos distantes dessa Economia de Baixo Carbono pela atitude tomada pelos Estados Unidos e pela China na COP 15, realizada em Copenhague, na Dinamarca, em dezembro de 2009. Nenhum acordo para redução de emissão de gases poluentes foi estabelecido. Dois países conseguiram ter mais força do que mais de uma dezena.
   Os desenvolvidos não estão interessados em equilíbrio econômico que permitiria aos países em desenvolvimento a adoção de um modelo de produção que alia o tripé da onda verde: desenvolvimento, preservação e benefícios sociais. O que vale no livre comércio até os dias de hoje é, além de manter o mercado, expandi-lo. Portanto, não é interessante aos grandes aumentar a concorrência.
   São necessárias regulamentações para que a economia verde se estabeleça? São, mas quem as criaria e fiscalizaria? Nesse mercado globalizado quem gere é a Organização Mundial do Comércio (OMC), que tem que administrar politicagem e o poder do mais rico. A ineficiência OMC pode ser vista em alguns setores, inclusive no que se refere ao meio ambiente. O ecoprotecionismo praticado pelas barreiras tarifárias é realidade e descumpre as disposições do Acordo Geral Sobre Tarifas e Comércio.
   Estamos falando de comércio exterior e de meio ambiente. Uma organização que trata da atividade comercial não poderia gerir sozinha as regulamentações sobre o meio ambiente. É preciso pessoal especializado.
   Dar uma sugestão para encontrar a solução é algo difícil. Vemos muito a visão de que tudo precisa mudar para que a onda verde se estabeleça. Eu acredito que precisamos adaptar nossa realidade.
   Imaginar que o livre comércio é destruidor do meio ambiente e tentar acabá-lo é insanidade, o que é necessário é usar o modelo a favor. Pensar que devemos reduzir importações e produzir localmente é mais uma loucura, já que com a população crescendo em progressão geométrica nenhum país é auto sustentável. Esse modelo não vai regredir.
   Parece que estamos em um labirinto, sem achar saída e sempre dando de frente com altos muros. Mas, acredito que mudanças podem ocorrer. Só espero que seja antes da água potável se tornar rara e do ar que respiramos causar doenças.
   Nossos "pequenos" estão abertos para absorver novas culturas, novas atitudes e posturas. As crianças de agora podem formar uma geração preocupada, que faça a onda verde, com sua economia de baixo carbono, existir efetivamente. Por isso, não podemos descuidar da base.

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