Comédia romântica: juntos, separados, juntos

Eu gosto de comédias românticas. Umas são boas, outras mais fracas e ainda tem aquelas que não precisavam ter sido feitas. Essa semana pude assistir três: Falando Grego, Eu Odeio Dia dos Namorados e A Verdade Nua e Crua. Uma overdose do gênero.
A primeira, Falando Grego, é a do tipo desnecessária de produzir. Não há nada muito engraçado e o enredo é o mais básico possível. A mulher desiludida, amarga, que encontra um amor. A direção do filme não aproveitou nem as grandes imagens da Grécia. Tudo executado da forma mais simples possível. A atriz Nia Vardalos, que fez Casamento Grego , não mudou em nada a atuação. Parecem as mesmas personagens. É um perfil arriscado e limitado.
Já em Eu Odeio Dia Dos Namorados há situações engraçadas, apesar de ser a mesma fórmula – juntos, separados, juntos e final feliz -. Nesse a mocinha interpretada por Nia Vardalos (duas vezes ela esse ano), quer parecer uma mulher moderna, descolada, mas que na verdade usa tudo para esconder a solidão.
A melhor das três, só entre as três comédias, é A Verdade Nua E Crua. Que mantém o estilo do gênero, mas com situações mais engraçadas. Nessa, o homem (Gerard Butler) é machista e afirma que uma mulher não pode ser controladora, não pode ser crítica, tendo que aceitar tudo do homem deseja, incluindo rir do que não é engraçado. Mas, que no final acaba se apaixonando pela mulher (Katherine Heigl) que considera ter tudo o que nenhum homem gosta.
Uma cena fraca do filme é quando a personagem de Katherine simula um orgasmo a pedido do machão. A história de que os homens não sabem diferenciar fingimento de realidade vai por água a baixo. Katherine é muito ruim na simulação e não chega perto de Meg Ryan, na cena clássica de Harry e Sally – Feitos Um Para O Outro (1989), quando simula o orgasmo a Billy Crystal.

Não lembra da cena de Meg Ryan? Reveja