Quase tudo sobre

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Um ano de crise e agora?

O mergulho na crise econômica há cerca de um ano, que levou os principais países a enfrentar a primeira recessão pós Segunda Guerra Mundial, fez milhões de desempregados, bancos decretarem falência, indústrias darem férias coletivas e ficarem sem produção.
O Le Monde, jornal francês, publicou no início da segunda quinzena de setembro, que o Federal Reserve (Fed - Banco Central Americano) anunciou que a recessão econômica havia “provavelmente” terminado nos Estados Unidos.
Faz parte da matéria, a informação de que não atingiu o Brasil “nem uma marolinha, como chegou a prever o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nem um tsunami, como esperavam muitos empresários. É assim que analistas descrevem o resultado da crise no Brasil, pelo menos até o momento. (...) alguns indicadores econômicos, entre eles o crédito e o desemprego, já voltaram aos níveis pré-turbulência.”
Pergunte ao povo se foi uma marola ou um tsunami. Para milhares a resposta será um tsunami devastador, que levou ao desemprego, ao endividamento, à falta de comida na mesa.
Pelos balanços econômicos apresentados se comparados com a recessão de grandes países realmente o Brasil ficou confortável nesse período caótico da economia. Qual análise se pode tirar disso?
Nosso País não está mais tão atrelado à economia americana. A China é o principal parceiro nesse momento e sua recessão não foi superior a 2%. Este é um fato prático para demonstrar que os analistas financeiros teriam razão ao dizer que não sofremos muito.
Para o povo, que recebe salário e precisa administrá-lo rigidamente para que consiga chegar ao fim do mês com as contas pagas é a geladeira meia cheia, essa não foi a realidade. Muitos empresários assustados com a tão falada crise se anteciparam aos prováveis problemas e realizaram demissões em massa, empresas decretaram falência. Os problemas passaram a ser uma reação em cadeia. Cada informação de que o sonho americano estava sendo perdido pelos americanos, causava furor. Bem ao estilo “Maria vai com as outras.”
Há proprietários de veículos de comunicação, que alegam que a principal veia da crise foram as enxurradas de informações negativas massificadas por órgãos oficiais e impressa.
O que será feito agora, quando especialistas do mercado financeiro dizem que no Brasil não houve marola e muito menos tsunami? Qual o preço que o trabalhador irá pagar? As contratações serão feitas com salários menores? Qual será a atitude de empresários, governo federal? Infelizmente, essas são perguntas difíceis de responder. Teremos que aguardar e massificar informações de aproveitadores da crise.
Único beneficiário da crise
A Agência Internacional de Energia (AIE) divulgará dia 6 de outubro, que a crise mundial beneficiou o meio ambiente. Um estudo mostrou que as emissões de CO2 na camada de ozônio foram as menores desde a crise da Opep, em 1981. Em cerca de um ano de crise a demanda de energia reduziu, os investimentos em novas fábricas e equipamentos foram adiados. A AIE destaca que cerca de um quarto da queda de emissão de CO2 se deve a políticas públicas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário