
Uma sala escura e um único aparelho emitindo uma luz azulada. Quase todo mundo vive essa cena diariamente. No Brasil, essa luz é emitida há 40 anos, quando houve a transmissão do primeiro programa de televisão da América Latina.
Hoje, 11 de agosto, é o Dia da TV e, por mais fútil que possa parecer a muitas pessoas comemorar esse dia, senti que seria bom relembrar as sensações e as curiosidades que experimentamos nesse retângulo repleto de imagens, sons e informações.
O ser humano reage a imagens para se comunicar desde os primórdios, quando o homem sob forma de desenhos em pedras (pinturas rupestres) deixava suas impressões sobre a vida e o cotidiano. A televisão é uma versão super, hiper, mega modernizada dessa comunicação e por isso prende a atenção e mantém as pessoas à sua volta.

Eu não fiz parte da geração babá eletrônica, por minha mãe ter escolhido ficar em casa e educar as três filhas, mas assistia TV. Os programas voltados ao público infantil educavam e divertiam, como o “Lupu Limpim Clapá Topô” e muitos outros.
Vivi os festivais de música - os últimos não sou velha (rs). Assistia ao Rock in Rio desejando ser ‘maior’ para ter ido. Ficava emocionada ao ver grupos enormes de pessoas, com camisas amarelas, clamando por liberdade. Chorei com o cortejo do presidente não empossado, Tancredo Neves, sem nem saber direito quem ele era e o que era política.
Nas matérias do telejornal, que mostravam as pessoas na fila para compras básicas na época do Cruzado a identificação era total. Era criança e ficava na fila do açougue, enquanto minha mãe ia para a fila do leite no supermercado. Chorei Senna, fiquei indignada e consternada com o ataque às Torres Gêmeas. E mais tantos e tantos outros acontecimentos, novelas e sessões da tarde, que me prendem ao aparelho de TV. Atualmente, é a TV a Cabo que me conquista, já que a qualidade dos programas da TV aberta anda questionável.

Claro, que tudo tem limite e ninguém deve passar a maior parte do seu tempo em frente à TV. E não concordo quando dizem que a TV poderá ter um fim, já que há tantas tecnologias que tirariam as pessoas de frente do aparelho. No computador há disponível download de séries, de filmes, notícias e mais uma infinidade de assuntos. Mas, há momentos em que tudo o que alguém deseja é um sofá confortável, uma sala escura e a TV ligada.
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